domingo, 28 de agosto de 2011

As Cores das Flores

AMIGO IMAGINÁRIO


Quando uma criança “cria” um amigo imaginário – brinca, fala e até mora com ele, como se fosse real? Esse fenômeno, que surge principalmente entre 3 e 7 anos, não é tão raro. Quando pais e educadores percebem a existência desses companheiros invisíveis quase sempre ficam preocupados.
Mas os pais podem respirar aliviados, pois todos os estudos sobre esse fenômeno chegam ao mesmo resultado: não há motivo para preocupações! Os amiguinhos imaginários têm sido estudados de forma intensiva há muito tempo, nos últimos 100 anos, mas poucos psicólogos se dedicaram a esse tema. E há um ponto em comum: todos concordam que os amigos imaginários estimulam o desenvolvimento das crianças, podem suprir eventuais lacunas afetivas e ajudam na elaboração de questões psíquicas.

O amigo imaginário é um personagem criado por crianças de dois a cinco anos de idade. O objetivo da criação de tal amigo é auxiliar o desenvolvimento, a compreensão de fatos e a elaboração de sentimentos que ocorrem em diferentes situações, funcionando como refúgio ou ainda como válvula de escape. De acordo com a necessidade da criança, o amigo imaginário ganha diferentes características.
Os acompanhantes invisíveis são freqüentemente crianças da mesma idade de seus criadores – como, por exemplo, Sebastian Nigge, o amigo imaginário de Madita, personagem do livro de mesmo nome, de Astrid Lindgren. Podem ser também animais, magos ou super-heróis. Alguns cabem no bolso e podem ser levados para todo lugar – como o canguru invisível Pantouffle no filme de Hollywood, Chocolate, de 2000, dirigido por Lasse Hallström.
A fantasia e a criatividade se modificam no decorrer do desenvolvimento. Crianças em idade pré-escolar frequentemente mostram aptidão para o chamado jogo ilusório ou ficcional, no qual partindo de poucos traços um objeto ou um personagem são construídos. Assim, uma fileira de cadeiras se transforma, por exemplo, em um “trem” num piscar de olhos. Na idade escolar a criatividade aumenta e, na adolescência, alguns jovens começam a escrever diários, uma forma muito particular de vivenciar a própria criatividade e imaginação. Para atingir esse estágio é necessário primeiramente uma compreensão madura da intimidade: crianças ainda não diferenciam entre informações “privadas” e “públicas”.
O amigo imaginário ajuda a criança a lidar com: mudanças de hábitos, ansiedade, estresse, medo, perdas, angústia, além de outras situações que fragilizam o psicológico da mesma. Diante de tais situações, a criança busca um amigo para lhe amparar, sendo que, esse pode ser invisível, totalmente criado ou personificado por algum brinquedo ou objeto utilizado para dar vida ao amigo.
Nestas situações de estresse, ou de grandes mudanças, ou perdas importantes, como um divórcio, ida para casa ou escola novas, a perda de um ente querido, ou o nascimento de um irmão, a criança, por não encontrar suporte para enfrentar sozinha o problema, arranja um "amigo invisível", ou "imaginário". Também há de se realçar que são as crianças mais sensíveis e inteligentes que desenvolvem este tipo de recurso.
Em seus extensos estudos sobre o desenvolvimento da inteligência infantil, o psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) também deparou com os amigos imaginários. Ele os interpretou como uma forma especial do jogo simbólico. Segundo o estudioso, em situações lúdicas uma realidade estranha seria construída: as crianças fingem e desempenham papéis.
Estudos sobre comportamentos lúdicos comprovam que principalmente crianças maduras e psicologicamente estáveis têm amigos imaginários. Assim, o sociólogo britânico David Finkelhor, da Universidade de New Hampshire em Durham, nos Estados Unidos, foi um dos pesquisadores que demonstraram que quanto pior for o estado físico e psíquico das crianças, menos serão capazes de brincar. O abuso ou a negligência fazem com que a imaginação se atrofie e inibem a propensão ao jogo – em geral, essas crianças não criam acompanhantes imaginários.
Não raro, pais, professores e terapeutas incomodam-se não apenas com o fato de as amizades imaginárias serem mantidas por um longo tempo, às vezes por anos, mas também com a nitidez com que as crianças parecem ver seus amiguinhos. Mas os pequenos sabem muito bem que seus parceiros não são reais e que só existem em sua imaginação. Ou seja: essas criações psíquicas podem ser claramente diferenciadas de fantasias patológicas, que ocorrem, por exemplo, nas psicoses. A criança nunca se sente indefensavelmente dominada pelo amigo que criou – pelo contrário, pode modelar modificar e manipular sua invenção como quiser. E também determinar a duração desse “relacionamento”.
O comportamento dos pais diante da atitude da criança em criar e se relacionar com um amigo imaginário deve se basear na compreensão e no respeito, já que tal atitude por parte da criança é normal. Esse fato, apesar de respeitado, não deve ser estimulado, evitando que o imaginário ganhe força no ponto de vista da criança. Não se pode ridicularizar a criança e nem questioná-la acerca da existência de tal amigo, para que ela não se sinta ofendida.
O estado de alerta dos pais deve se manifestar quando o amigo imaginário passa a influenciar a vida da criança, participa de todas as atividades dela e ainda passa a prejudicar o relacionamento da criança com outras da mesma idade e com os pais. Ainda deve ser estudado se na adolescência o amigo imaginário ainda existir, pois aos seis anos, aproximadamente, o amigo imaginário é substituído por um amigo real, além disso, o adolescente já manifesta suas vontades e necessidades. Os pais devem saber que:
·                     ter "amigos imaginários" é algo perfeitamente comum entre crianças de 3 aos 6 anos de idade.
·                     quando a criança pratica o solilóquio(oração) e ficar mais exacerbada devem estar atentos e falar com a criança, acalmando-a.
·                     é bom temporariamente perguntarem às crianças se realmente acreditam que estes amigos existem.
·                     quando uma criança defende vigorosamente a sua existência, no fundo, saberá que é uma brincadeira.
Fontes:
Revista Mente & Cérebro - edição 205 - Fevereiro 2010

domingo, 21 de agosto de 2011

DESCOBERTAS CORPORAIS NA INFÂNCIA

         
           Nos primeiros meses de vida as crianças já começam com descobertas evidentes com suas mãos e pés, e a exploração de seu próprio corpo é constante.
            É importante sempre inovar no espaço onde a crianças costuma estar, pois desta forma a busca e a vivência por novas experiências se tornam constantes.
            As crianças descobrem a si mesmas, ao meio e ao outro a partir do contato físico e de suas ações. É importante encorajá-las a explorar e entenderem sua corporeidade em uma constante relação com o outro e com o meio.
            Desta forma inicia-se a construção de sua própria identidade e auto-imagem, por meio do conhecimento corporal.
O espelho é um ótimo aliado, pois a criança o utiliza para familiarizar-se com sua imagem, reconhecendo as sensações que o corpo produz. Descobrindo assim gradativamente seu corpo, seus movimentos, suas possibilidades e limites, suas diversas possibilidades.
            As crianças que conhecem a si mesma e ao seu corpo coordena adequadamente os seus movimentos, as atividades como um todo são facilitadas e melhora a relação com o mundo externo.
            Sendo assim procure não reprimir as ações de descobertas das crianças, pois são de suma importância para seu desenvolvimento integral.

Fotos: Renata Ritter.

sábado, 25 de junho de 2011

Psicomotricidade Relacional - André Lapierre

            Após informações postadas pelo Professor Celso, que desde já agradeço, estou postando inicialmente este material que é parte de uma entrevista de André Lapierre, onde conceitua a psicomotricidade relacional. Acredito que as linhas e opiniões existenciais deste assunto são muitas, por isso deixo aberto para novas exposições de opiniões. De forma que esta postagem assim como todos materiais postados neste blog sirvam para acrescentar e aguçar a curiosidade e a busca a um conhecimento ainda maior nesta área.

André Lapierre veio ao Brasil a convite do Centro Internacional de Análise Relacional (CIAR) para o lançamento da edição em português do livro O Adulto Diante da Criança de 0 a 3 anos: Psicomotricidade Relacional e Formação da Personalidade (Editora da UFPR/CIAR). Na ocasião, ao lado de José Leopoldo Vieira, presidente do CIAR, ele nos concedeu a entrevista a seguir.


O que é psicomotricidade relacional?
AL — Essa pergunta é a mais difícil, porque a psicomotricidade relacional não é uma técnica que se possa aprender intelectualmente nos livros. É mais um método, uma maneira de atuar, uma possibilidade de se estabelecer uma comunicação mais humana, mais verdadeira com qualquer pessoa, até mesmo com as crianças, desde a creche e a escola.
Como se dá o atendimento? É correto dizer que é um método de observação da criança?
AL — Não se observa, não se põe a si mesmo fora da relação. Trabalhamos através de jogos, brincadeiras corporais. Tudo acontece sem palavras, de maneira totalmente livre, e sem julgamentos, juízos de valor. A criança brinca, por exemplo, com objetos variados: bolas, aros, etc. E, pouco a pouco, o psicomotricista participa, entra também na brincadeira e funciona como um parceiro simbólico.
O que significa ser um parceiro simbólico? O que o psicomotricista busca ao estabelecer esse tipo de contato com a criança?
AL — A brincadeira é algo simbólico, o psicomotricista vai entrar em contato com a criança nesse nível. É lá que atuam todos os fantasmas. Essa possibilidade de poder jogar, brincar, tudo de modo simbólico, permite à criança expressar seus conflitos em nível profundo, sem sabê-lo. Através do que ela faz, o psicomotricista busca decodificar: por que fez isso? Por que essa criança age assim? Por que a outra agiu de outro jeito? Para entendê-la, o psicomotricista procura decodificar o que se passa e a relação que isso tem com a vida dessa criança.

JLV — É a forma que você tem de ajudar uma criança a viver no simbólico aquilo que na realidade ela não pode viver. Ela dá vazão para o que está recalcado. A partir do momento que ela pode, por exemplo, matar simbolicamente, na brincadeira, ela percebe que não precisa realizar isso na realidade.
André — Isso dá resultados muito bons, inclusive com crianças que aparentemente são inacessíveis aqui no Brasil.
Entrevista na integra pode ser acessada: http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0080.asp

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Psicomotricidade Funcional e Relacional

Psicomotricidade Funcional
            Em 1925, Henyer, que partiu da perspectiva de Dupré, empregou o termo psicomotricidade a fim de ressaltar a associação estreita entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade (Rosa Neto, p.13)
            Segundo Negrine o enfoque da psicomotricidade funcional prioriza o gesto técnico e exercício analítico como ferramenta pedagógica para fazer com que a criança adquira certas competências motrizes. (p.140)

O Papel do Psicomotricista Funcional
            Baseia-se na organização e aplicação de exercícios que trabalhem mecanicamente o aprimoramento dos movimentos, os lapidando tendo como base de padrão o desenvolvimento de acordo com a faixa etária. Utilizam-se também de baterias de atividades para mensurar o nível de desenvolvimento dos indivíduos.
                        O psicomotricista é o profissional da área da saúde e educação que pesquisa, ajuda, previne e cuida do homem na aquisição, no desenvolvimento e nos distúrbios da integração somapsiquica. (Almeida, p.17)
           

A Estrutura da Sessão

            Muitos trabalhos têm sido relacionados com a detectação, a analise e a reeducação de diferentes temas da vida humana e os pesquisadores se baseiam em testes para realizar os diferentes estudos. (Rosa Neto, p.28)
            Normalmente as sessões baseiam-se em ciclos de atividades que trabalhem as habilidades motrizes.


Psicomotricidade Relacional

            O fundamento teórico que norteia essa forma de pensar é que utilizar uma prática pedagógica pela via corporal não significa apenas treinar a criança para adquirir novas habilidades motrizes que vão permitir a ampliação do vocabulário Psicomotriz, mas antes de tudo, significou estabelecer uma série de estratégias de ação que permita a criança se exteriorizar através de diferentes vocabulários (lingüístico, gestual, motriz, etc.) p.142-143 – Negrine.
VERDERI (1998) nos traz o aluno-corpo como movimento em tudo o que faz. Um corpo que age e interage, buscando novas possibilidades, necessitando assim, estar, ser, sentir e ser sentido.





 O Papel do Psicomotricista Relacional e suas observações

Este por sua vez deve ter a sensibilidade na hora de intervir ou não na ação do outro, deve observar os momentos oportunos para sua interação com o outro, e também o momento em que deve ser somente observador das situações.
O corpo a principal ferramenta de integrar o aluno com o outro e com o meio, podendo desta forma explorar diversos espaços, materiais e personagens. E o papel do psicomotricista é favorecer este ambiente em que ele se sinta seguro para produzir e vivenciar múltiplas situações.
Fazendo assim que o aluno consiga desbloqueio de couraças corporais, referentes às suas vivencias.

A Sessão de Psicomotricidade Relacional

            Esta se divide em três fases: o rito de entrada, a sessão propriamente dita e o rito de saída.
            No rito de entrada é onde o psicomotricista reúne todos os participantes em circulo para que sejam verbalizadas as regras, o que podem fazer e utilizar, as apresentações para inicio já de uma interação. Assim também já informando como se finalizará a sessão, que ao facilitador informar o término das atividades deverão organizar os materiais utilizados.
            Na sessão propriamente dita os alunos poderão dentro dos limites quanto a espaço e atitudes já informados pelo facilitador, fazer o que quiserem. Tendo mínimas interferências do psicomotricista, somente em momento que sejam necessário um estimulo para iniciar uma nova brincadeira.
            No rito de saída será o momento onde todos verbalizarão suas atividades, o que mais gostaram, com quem interagiram, trazendo assim um “feedback” para o psicomotricista.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aprender a aprender

AVALIAÇÃO

Chegado o período da avaliação, muito cuidado com o que será escrito, analise bem as atividades e não esqueça que a observação é a alma da avaliação. Considere sempre a bagagem que seus alunos trazem, é muito importante para saber de modo e de que ponto devemos agregar outros conhecimentos e experiências.
Sob a ótica de Sant’Anna avaliação é:
Um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou prático. (SANT’ANNA, 1998, p.29, 30).
Nunca se esqueça de analisar também o seu trabalho desenvolvido, não podemos colocar a culpa da falta de rendimento nos alunos e muitas vezes esquecer-se de reavaliar a forma que esta foi transmitida.
A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didáticas, de diagnostico e de controle em relação às quais se recorrem a instrumentos de verificação do rendimento escolar. (LIBÂNEO, 1994, p. 195).
Ao utilizar a mensuração qualitativa tenha sempre vários olhares para uma situação, nunca analise somente sob um ponto de vista.
Avaliação Diagnóstica tem dois objetivos básicos: identificar as competências do aluno e adequar o aluno num grupo ou nível de aprendizagem. No entanto, os dados fornecidos pela avaliação diagnóstica não devem ser tomados como um "rótulo" que se cola sempre ao aluno, mas sim como um conjunto de indicações a partir do qual o aluno possa conseguir um processo de aprendizagem. (BLAYA, 2007).
         Muitas vezes rotulamos um aluno antes mesmo de avaliá-lo, por isso esteja sempre aberto a novas formas de observação, para que isto não venha a interferir negativamente no processo de aprendizagem dos alunos.
O processo, o crescimento gradativo e o respeito ao aluno como pessoa, contemplando suas inteligências múltiplas com seus limites e qualidades. O processo avaliativo está a serviço da construção do conhecimento, da harmonia, conciliação, da aceitação dos diferentes, tendo como premissa uma melhor qualidade de vida. (BEHRENS, 2005, p.75).
Analisando todas estas citações faça suas avaliações com muita calma, sem rotular e pré julgar seu alunos. Não culpe seus alunos ou o sistema por seus planejamentos muitas vezes não terem um resultado que você almeja. Mas sempre analise seus métodos, traga o novo e instigante para sala de aula, isto sim, fará suas aulas renderem e obter respostas surpreendentes.



Boa Avaliação!

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar?: Como avaliar?: Critérios e instrumentos.3ª Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 2ª edição
BLAYA, Carolina. Processo de Avaliação. Disponível em
<http://www.ufrgs.br/tramse/med/textos/2004_07_20_tex.htm> , acesso em: 10 de maio de
2011.
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma emergente e a prática pedagógica. 4ª Edição, Curitiba, PR: Editora Universitária Champagnat. 2005.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vivências....

Cada criança necessita imitar e escolher seus modelos, mas também precisa expressar-se à sua maneira, ser aceita e respeitada, ser reconhecida como pessoa distinta que tem vida própria e potencial para uma progressiva autonomia.
Necessitam manipular, movimentar-se, montar e desmontar, empilhar, arrastar, empurrar, imitar, ter contato físico. Sendo assim, a exploração dos objetos e espaços, tudo é novidade em seu repertorio motor e que serão identificados e assimilados por meio da exploração.
Estas são ações que necessitam de estímulos, para que a criança possa passar de uma fase para outra de acordo com seus limites e necessidades. As estimulações devem ser lúdicas, por meio de brincadeiras, pois desta forma a absorção destes novos conhecimentos serão efetivos no desenvolvimento e construção de seu repertório.
Por isso... deixem as crianças explorarem os materiais e espaços, claro que sempre com segurança. Não os limitem desta fase de suas vidas em que a construção de seus conhecimentos e vivências virá de suas explorações!!!!
Grasiele S. de Almeida
Educadora Física e Psicomotricista

segunda-feira, 25 de abril de 2011

.FASES DO DESEVOLVIMENTO


  Pessoal me pediram muito que enviasse ações das crianças nas respectivas fases, estou postando algumas. Mas fiquem atentos cada criança é única, cada um tem seu tempo de desenvolvimento, estes itens servirão somente de bases, mas devem ser seguidos como regras. Não se esqueçam !!!!!!


0-3 MESES
  • No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado.
  • Passa boa parte do tempo dormindo.
  • Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele.
  • No 2º ao 3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais.
  • Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos.
  • Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos.
  • Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo.
  • Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.
  • Quando ouve a voz dos pais, o bebê vira a cabeça.
  • Comunica-se através do choro e ruídos.
  • Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora.


4 – 7 MESES
  • Fica na postura de bruços e se apóia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo ao seu redor.
  • Rola de um lado para o outro.
  • Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-o de uma mão para outra e coloca-o na boca.
  • Apresenta equilíbrio quando colocado sentado.
  • Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva através da expressão facial.
  • Nesta fase, alguns bebês podem demonstrar medo perante pessoas estranhas.
  • Fica repetindo os seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor.
  • Movimenta a cabeça na direção do som escutado.
  • Para de chorar ao ouvir música.
  • Sorri quando quer atenção do adulto.
  • Formação do conceito de causa e efeito no momento em que está explorando um brinquedo.
  • Olha, chacoalha, e atira objetos ao chão.

8 – 11 MESES
  • Engatinha e senta sem apoio.
  • Consegue ficar em pé com apoio.
  • Aponta para objetos ou pessoas.
  • Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar
  • Demonstra raiva quando não é o centro das atenções.
  • Reclama quando é contrariado.
  • Localiza a fonte sonora.
  • Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau.
  • Começa a compreende o significado de alguns gestos.
  • Balança a cabeça quando não quer alguma coisa.
  • Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “ne-ne”.

01 02 ANOS
  • Anda sem apoio.
  • Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio.
  • Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo).
  • Gosta de rabiscar no papel.
  • Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo.
  • Mostra senso de humor.
  • Nesta fase, o bebê ainda não compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado.
  • Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos.
  • Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças.
  • A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.
  • A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê”.
  • Esta é a fase das perguntas: “que é isso?”
  • Usa o próprio nome.
  • Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas.
  • Apresenta atenção para histórias pequenas.

02 A 03 ANOS
  • Tira os sapatos.
  • Chuta bola sem perder o equilíbrio.
  • Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.
  • Apresenta percepção de quem é.
  • Mexe em tudo e testa a autoridade.
  • Tenta impor suas vontades.
  • Prefere companhia para brincar.
  • As frases vão aumentando e surge o plural.
  • As crianças nesta fase têm uma ótima compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta.
  • Pergunta: "cadê", "O que", "onde".
  • Fala de si mesma na 3a. pessoa.
  • Chama familiares próximos pelo nome.

03 A 04 ANOS
  • Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.
  • Gosta de desenhar.
  • Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta.
  • Consegue pedalar.
  • Brinca com as outras crianças.
  • Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo.
  • Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas.
  • Compreende os conceitos de igual e diferente.
  • É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor.
  • Lembra e conta histórias.
04 A 05 ANOS
  • Consegue usar a tesoura, corta papel.
  • Maior domínio no uso de talheres.
  • Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento.
  • Está mais sociável com as outras crianças.
  • Se sente grande perto das crianças menores.
  • Sente vontade de tomar as suas próprias decisões.
  • Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já fala muitas palavras.
  • Expressa seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”.
  • Gosta de inventar e contar as próprias histórias.
  • Consegue identificar algumas letras do alfabeto e número.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

SER PROFESSOR...

A IMPORTÂNCIA DA ANAMNESE

Antes de iniciarmos as sessões de psicomotricidade é importante termos um conhecimento do histórico do sujeito, sendo uma das ferramentas utilizadas a anamnese.
A anamnese é um documento que permite ao profissional investigar e fazer da melhor forma as intervenções necessárias com o sujeito.
O diagnostico para o psicomotricista, deve ter a mesma função que a rede para um equilibrista. É ele, portanto a base que dará suporte para os encaminhamentos necessários das sessões.
            Por meio dela nos serão reveladas informações do passado e do presente do sujeito, juntamente com as variáveis existentes em seu meio. Observa-se a visão da família sobre a história do sujeito, seus preconceitos, frustrações, afetos, conhecimentos e tudo aquilo que é depositado sobre o sujeito.
É importante que conste nesta anamnese como foi a gravidez, pré-natal, concepção. Weiss nos informa que,
“A história do paciente tem início no momento da concepção. Os estudos de Verny (1989) sobre a Psicologia pré-natal e perinatal vêm reforçar a importância desses momentos na vida do indivíduo e, de algum modo, nos aspectos inconscientes de aprendizagem” (2003, p. 64).
Weiss nos orienta também saber sobre a história clínica, quais doenças, como foram tratadas, suas conseqüências, diferentes laudos, seqüelas.
Estas informações são importantes, pois servem de subsídios para um melhor desenvolvimento do trabalho junto ao sujeito, e principalmente a melhor forma de intervenção a ser aplicada.
Por isso na anamnese é necessária a ciência de que dos dados relatados serão verídicos, e principalmente que não seja negligenciada nenhuma informação por mais insignificante que pareça.

Segue abaixo um modelo utilizado.

Nome do aluno (a):
Data de Nascimento:
Nome do pai:
Data de Nascimento:
Escolaridade:
Profissão:

Nome da mãe:
Data de Nascimento:
Escolaridade:
Profissão:
Com quem vive a criança?
Filho (a) biológico ou adotivo?
Nome e idade de irmãos:
(  ) Casamentos (  ) divórcios (  ) separações
Tratamentos psicológicos de familiares: (  ) sim  (  ) não
Na família há casos de: (  ) alcoolismo (  ) drogas
A mãe teve qualquer aborto espontâneo ou filhos mortos à nascença? Quando?
Problemas até a data provável da concepção? Quais?
A gravidez foi desejada? (  ) sim  (  ) não
Teve alguma doença durante a gravidez? Medicamentos?
Houve ameaça de aborto? (  ) sim  (  ) não
O parto foi a termo? Se não, quanto tempo antes?
Foi prolongado o trabalho de parto? (  ) sim  (  ) não
Foram utilizados: (  )  fórceps (  ) Cesariana
A criança nasceu com alguma característica fora do comum?
Peso e altura ao nascer?
Apgar1’:                     Apgar5’:
Que doenças infantis a criança já teve?
O que é mais preocupante na sua saúde?
Sofreu algum acidente?
Já teve ou tem convulsões ou desmaios? (  ) sim  (  ) não
Vê bem? (  ) sim  (  ) não     Ouve bem? (  ) sim  (  ) não    
Respira bem? (  ) sim  (  ) não    
Reage mal a algum medicamento? __
A que horas se deita ____:____ e costuma acordar ___:____.
O sono noturno é constante?  Se não, quantas vezes costuma acordar?
Dorme sozinho? Se não, com quem?
Que idade tinha quando saiu do quarto dos pais?
Com que idade firmou a cabeça?
Quando começou a interessar-se pelos objetos? E a manipulá-lo?
Com que idade sentou-se sem apoio?
Engatinhou com que idade:
Com que idade ficou de pé com apoio: e sem apoio:
Anda sozinho? Desde quando?
Com que idade fez o controle urinário e fecal?
Usa de preferência a mão direita ou esquerda?
Perturba-se com ruídos fortes? (  ) sim  (  ) não
Mantém interesse por objetos ou atividades? (  ) sim  (  ) não
Obedece as ordens simples? (  ) sim  (  ) não
Como é a relação com outras crianças?
Como é a relação com adultos?
Manifesta comportamento de desobediência, agressividade e outros?
Mostra ansiedade ou fobias?
Tem amigo imaginário? (  ) sim  (  ) não
Descreva sucintamente a maneira de seu filho (a): Qual a relação pais/criança: Faz revisão médica com que freqüência? Datar a última.
Quais as suas expectativas em relação ao seu filho (a)?
Gosta de música? Que estilo?
Gosta de TV? O que assisti?
Com que idade começou a falar?
Exprime-se com ajuda de gestos?
Relação com irmãos?
O seu comportamento mantém-se constante ou modifica-se de uma hora para outra?
Fica aflito (a) quando se separa dos pais?
Faz algum tratamento de saúde especifico? Qual?
Caso haja algum diagnóstico médico referente ao seu filho favor anexar um atestado médico.

Eu, ________________________________________declaro que as informações são verdadeiras.

Data do preenchimento: ____/______/____.


Assinatura do Responsável

PCN de Educação Infantil (1998),

As instituições devem assegurar e valorizar, em seu cotidiano, jogos motores e brincadeiras que contemplem a progressiva coordenação dos movimentos e o equilíbrio das crianças. Os jogos motores de regras trazem também a oportunidade de aprendizagens sociais, pois ao jogar as crianças aprendem a competir, a colaborar umas com as outras, a combinar e a respeitar regras. (p.131)